Enquanto cidadão e eleitor, exijo que os governantes da nação se rejam por dois princípios nas suas tomadas de decisão:
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Monday, September 7, 2015
Tuesday, August 18, 2015
ESTRATÉGIA FURADA?
A proximidade entre as legislativas e as presidenciais, e a provável não existência de maiorias absolutas na próxima legislatura, está a fazer com que os partidos actuem estrategicamente na escolha e anúncio dos seus candidatos presidenciais.
Friday, August 7, 2015
DESPERDÍCIO
Desde o fim da ditadura, Portugal encetou um notável processo de qualificação dos seus recursos humanos (através da massificação do ensino público e gratuito) que lhe permitiu iniciar a convergência para os níveis de qualificação típicos da Europa desenvolvida.
Thursday, July 9, 2015
ENCRUZILHADA
O Partido Socialista (PS) português enfrenta muito do dilema que os partidos socialistas europeus têm enfrentado: porque se deixaram inebriar pelo canto das sereias neoliberais, e permitiram consolidar esse dogma nos tratados europeus, vêm-se enleados numa teia perversa em que alinhar com a Europa ou desalinhar conduz, sempre, ao abismo.
Tuesday, June 30, 2015
MISMATCH
A Grécia não tinha estrutura económica para ter entrado na zona euro. Entrou, e continua a não ter.
O euro foi criado à imagem e semelhança do marco alemão, um ‘perfect fit’ para a Alemanha e mais ninguém (Portugal, Espanha ou Itália também não aguentarão este euro). Assim, ou há uma profunda reforma do euro, adequando-o a países com sistemas económicos e graus de desenvolvimento diferentes, ou muitos acabarão por sair.
Wednesday, June 17, 2015
IRREVERSÍVEL?
Poucas coisas na vida podem ser reduzidas a maniqueísmos.
Dizer, em abstracto, se uma privatização, ou uma nacionalização, é bom ou mau é impossível. O caso da TAP é paradigmático: a privatização não pode ser analisada em abstracto, mas nas condições efectivas em que se realiza.
Thursday, June 4, 2015
EVIDENTEMENTE
As conclusões do recente estudo do Eurostat sobre a qualidade de vida dos europeus reconfirmam os resultados das investigações científicas da economia da felicidade: os países mais felizes são aqueles onde existem verdadeiras sociais-democracias (com equilíbrio entre liberdade económica e igualdade social, com forte intervenção do Estado), onde a criação de riqueza está ao serviço da felicidade dos povos e não os povos ao serviço da criação de riqueza.
Wednesday, May 20, 2015
EM NOME DA VIDA
O número de pensionistas não é uma infelicidade mas uma realidade a sustentar. Para isso, são necessários novos modelos de financiamento da segurança social (ex. impostos sobre as grandes fortunas, o património de luxo e as transacções em bolsa) e políticas de inversão da tendência demográfica. Isso só será possível fixando os jovens (e não empurrando-os para a emigração) através do combate à precariedade e ao desemprego, do aumento de salários e da protecção das mães trabalhadoras, ou seja, criando felicidade laboral.
Wednesday, May 13, 2015
FORTE INIMIGO
O facto de o desemprego ter subido 0,2 pontos percentuais no primeiro trimestre de 2016, dificilmente pode ser interpretado economicamente como uma tendência de aumento do desemprego, por duas razões:
Monday, April 27, 2015
O INÍCIO DA INFLEXÃO?
O corolário do estudo liderado por Mário Centeno, encomendado pelo PS, é que é possível inflectir-se a estratégia até aqui seguida, encontrando-se políticas de combate à crise que respeitam as nossas obrigações internacionais.
Tuesday, April 7, 2015
AS ALTERNATIVAS DA DÍVIDA
As avaliações das agências de ‘rating' que mantêm a dívida soberana portuguesa no "lixo" têm sido interpretadas como sentenças: enquanto a notação não melhorar, estamos condenados.
Friday, March 20, 2015
DORES DE CRESCIMENTO
Uma sociedade é uma aglomeração de entidades viventes. Como tal, é ela própria uma entidade viva. Por isso, está em constante mutação. E dessas mutações sociais, nasce de tudo um pouco: desde lentas metamorfoses até bruscas revoluções.
Wednesday, March 4, 2015
OS MALEFÍCIOS DA OPACIDADE
Não espero que os políticos sejam super-heróis. Primeiro, porque não existem super-heróis. Depois, porque os políticos não o têm que ser para exercerem cabalmente as suas funções.
Friday, February 6, 2015
FELICIDADE DE RISCO
A recente vitória de uma coligação de partidos de extrema-esquerda nas eleições legislativas da Grécia é uma inovação na União Económica e Monetária. Nunca uma força política desta natureza tinha ganho umas eleições no espaço Euro. Isso, por si só, é gerador de incerteza e risco. Primeiro, porque não se sabe das competências governativas de tal coligação. Segundo, a própria zona euro terá que aprender a lidar com este novo tipo de governantes. A consequência certa, porém, é que não é possível prever como estará a Grécia daqui a um ano.
Tuesday, February 3, 2015
FRUTOS PODRES
As recentes mortes nas urgências dos hospitais não são obra do acaso. Sim, há um surto gripal atípico mas há também um desinvestimento no SNS, ideológico e planeado, que começa a dar frutos. Furtos podres, estes que as mortes são.
Tuesday, January 6, 2015
PALAVRAS VÃS
Nem todas as palavras são vãs. Muitas vezes, podem ter uma grande utilidade. Ora por que nos transmitem informação nova e relevante, ora porque nos consolam ou motivam. As palavras proferidas por Cavaco Silva no seu discurso de ano novo foram vãs: porque não trouxeram nada de novo, porque não foram motivadoras e porque Cavaco tem um passado de culpas que não pode ser esquecido.
Monday, November 24, 2014
TRANSPARÊNCIA VITALÍCIA
As turbulências vividas em Portugal com os escândalos na Banca, a detenção de políticos e altos dirigentes públicos ou as promiscuidades entre empresários e políticos (que se conluiem em nome dos seus interesses particulares e não do interesse público), tornam evidente a falta de transparência da nossa vida política e económica.
Tuesday, November 18, 2014
DETALHES LEVA-OS O VENTO
António Costa está a apresentar um conjunto de propostas políticas para Portugal tendo em vista o XX congresso do PS e a sua possível eleição como primeiro-ministro. Nestas propostas está a reposição dos salários da função pública e foi notícia a prudência de Costa quanto à definição do momento dessa reposição. Não me parece relevante discutir os detalhes desse calendário. É que o crucial para Portugal é a mudança do rumo das políticas que nos têm governado. Só assim será possível a revitalização do emprego, o reanimar da economia e a mudança das instituições. Aliás, a austeridade que nos foi imposta, pela ‘troika' e pelo Governo, apenas foi eficaz no sentido de mostrar que sabíamos obedecer. De resto, aumentou o desemprego, a pobreza e a emigração, estagnou o crescimento, diminuiu o consumo e o investimento e não recapacitou o Estado nem combateu a corrupção. E nem sequer baixou a dívida. Enfim, foi um poço de ineficácias.
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