A proximidade entre as legislativas e as presidenciais, e a provável não existência de maiorias absolutas na próxima legislatura, está a fazer com que os partidos actuem estrategicamente na escolha e anúncio dos seus candidatos presidenciais.
Para já, a direita tem-se mantido quieta, esperando para ver quem ganha as legislativas. Palpite: apoiará Marcelo Rebelo de Sousa caso ganhe a coligação, apoiará Rui Rio caso perca. No PS há uma cisão interna: os “direitistas”, exibindo a típica fobia pelas pessoas de esquerda, recusam Sampaio da Nóvoa e atiram Maria de Belém para a arena.
A ala esquerda do PS sente-se confortável com Sampaio da Nóvoa e dispensava divisões adicionais. Porém, o importante será ter um Presidente da República inspirador, com cadastro de honra limpo e que presida em nome da felicidade dos portugueses, não dos falsos consensos ou das falsas estabilidades. E, ao contrário do que os partidos pensam, um candidato assim pode bem ganhar a presidência dispensando o seu apoio.
Gabriel Leite Mota, Publicado a 18 de Agosto de 2015 no Diário Económico
