Às presidenciais de Janeiro próximo apresentam-se um sem-número de candidatos, mas serão muito poucos os que verdadeiramente serão decisivos.
Até ao momento, e de acordo com as sondagens, há duas questões a resolver:
1. Será a captação de votos à esquerda, nos diferentes candidatos, suficiente para obrigar Marcelo Rebelo de Sousa a uma segunda volta?
2. Essa segunda volta será entre Marcelo e Maria de Belém ou entre Marcelo e Sampaio da Nóvoa?
Dada a situação política actual (com um quadro parlamentar inédito), a escolha do próximo Presidente da República assume especial importância.
Está claro que a inclinação ideológica do próximo Presidente será decisiva na avaliação que fizer à solidez de um governo do Partido Socialista.
Por isso, acredito que é crucial existir uma segunda volta clarificadora entre Sampaio da Nóvoa e Marcelo Rebelo de Sousa, onde os portugueses pudessem escolher entre cortar com o cavaquismo (e consolidar a governação à esquerda) ou apostar na incerteza.
Gabriel Leite Mota, Publicado no Diário Económico a 24 de Novembro de 2015