Depois de 1974, Portugal tornou-se uma democracia, conseguindo criar um Estado Social, uma classe média e rumar ao desenvolvimento.
Entre 1986 e 1999, com a adesão à União Europeia, convergimos com a Europa, mas não fizemos uma transformação estrutural da nossa economia.
A partir de 2000, com a entrada no Euro, passámos a divergir da Europa. Com a crise mundial de 2008, entrámos em ruptura financeira. Esta não é uma história de governos, é uma história de Portugal. Mas os governos têm o poder de orientar o país para caminhos mais certos ou mais errados. Assim, este Governo do PS tem a responsabilidade de criar um orçamento que mostre os caminhos para a reconstrução da felicidade em Portugal.
Para isso, tem que apostar em:
1. Educação pública (ensino obrigatório e superior) e investigação;
2. Aumentar os rendimentos das classes baixa e média;
3. Fixar os jovens qualificados, mesmo que seja através da criação de emprego público;
4. Modernizar a justiça e simplificar os processos administrativos do Estado.
O resto, dependerá da competência de todos nós.
Gabriel Leite Mota, publicado no Diário Económico a 6 de Janeiro de 2016
