Entendamo-nos: o desemprego é um mal. Os estudos económicos da felicidade continuamente comprovam que é uma das situações mais destruidoras da felicidade dos indivíduos e das sociedades. Por isso, uma subida no emprego são boas notícias.
O facto de ser no sector público ou privado é pouco relevante. O que interessa é termos os cidadãos empregues e motivados (o contrário disso é o aumento da depressão, dos custos sociais e do envelhecimento e esvaziamento de Portugal, matando o seu potencial de futuro). Na governação anterior, viu-se uma destruição do emprego sem precedentes, cuja válvula de escape, para que não se instalasse o caos social, foi a emigração.
O sector público, que há muito está esclerosado, o que precisa é de uma regeneração geracional para se tornar mais eficiente, inovador e capaz de cumprir a sua função pública. As universidades, a administração e os serviços públicos precisam, desesperadamente, dos jovens qualificados.
Contratá-los é imperioso. Se esta subida no emprego público tem esse significado, estamos no bom caminho.
Gabriel Leite Mota, Publicado no Diário Económico a 19 de Fevereiro de 2016