O Partido Socialista (PS) português enfrenta muito do dilema que os partidos socialistas europeus têm enfrentado: porque se deixaram inebriar pelo canto das sereias neoliberais, e permitiram consolidar esse dogma nos tratados europeus, vêm-se enleados numa teia perversa em que alinhar com a Europa ou desalinhar conduz, sempre, ao abismo.
Thursday, July 9, 2015
OS AMANHÃS QUE CANTAM ULTRALIBERAIS
É encantador (e assustador) verificar como os defensores do ultraliberalismo papagueiam a sua ideologia cheia de promessas miríficas, de destinos encantados, baseando-se apenas em profissões de fé e retórica.
Tuesday, June 30, 2015
MISMATCH
A Grécia não tinha estrutura económica para ter entrado na zona euro. Entrou, e continua a não ter.
O euro foi criado à imagem e semelhança do marco alemão, um ‘perfect fit’ para a Alemanha e mais ninguém (Portugal, Espanha ou Itália também não aguentarão este euro). Assim, ou há uma profunda reforma do euro, adequando-o a países com sistemas económicos e graus de desenvolvimento diferentes, ou muitos acabarão por sair.
Wednesday, June 17, 2015
IRREVERSÍVEL?
Poucas coisas na vida podem ser reduzidas a maniqueísmos.
Dizer, em abstracto, se uma privatização, ou uma nacionalização, é bom ou mau é impossível. O caso da TAP é paradigmático: a privatização não pode ser analisada em abstracto, mas nas condições efectivas em que se realiza.
Thursday, June 4, 2015
EVIDENTEMENTE
As conclusões do recente estudo do Eurostat sobre a qualidade de vida dos europeus reconfirmam os resultados das investigações científicas da economia da felicidade: os países mais felizes são aqueles onde existem verdadeiras sociais-democracias (com equilíbrio entre liberdade económica e igualdade social, com forte intervenção do Estado), onde a criação de riqueza está ao serviço da felicidade dos povos e não os povos ao serviço da criação de riqueza.
Monday, May 25, 2015
PARA PRECÁRIA JÁ BASTA A SAÚDE
A condição humana é simples: estamos todos condenados à morte. Uns mais cedo, outros mais tarde. Uns por acidente, outros por doença. Uns na infância e juventude, outros na vida adulta ou na velhice. Uns de morte súbita, outros de doença prolongada. Uns de morte morrida, outros de morte matada. E os que têm a sorte de não morrer cedo, ficam condenados ao lento apodrecimento do corpo, pela degradação progressiva da saúde, que está programada no nosso ADN (sim, no ser humano não há dúvidas de que temos uma obsolescência programada). E todos sabemos isto.
Wednesday, May 20, 2015
EM NOME DA VIDA
O número de pensionistas não é uma infelicidade mas uma realidade a sustentar. Para isso, são necessários novos modelos de financiamento da segurança social (ex. impostos sobre as grandes fortunas, o património de luxo e as transacções em bolsa) e políticas de inversão da tendência demográfica. Isso só será possível fixando os jovens (e não empurrando-os para a emigração) através do combate à precariedade e ao desemprego, do aumento de salários e da protecção das mães trabalhadoras, ou seja, criando felicidade laboral.
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