Olhar para indicadores de felicidade (e não meramente para critérios de eficiência económica e financeira) é tido, por cada vez mais pessoas, como a forma correcta de proceder à aferição das políticas públicas.
Por isso, o próximo governo de Portugal deve ter como objectivo último, na reforma da administração pública, o aumento da felicidade dos portugueses.
A tarefa não é fácil mas tem que ser esse o destino traçado.
Tal objectivo implica: 1. melhorar a qualidade dos serviços prestados, para que o utilizador fique mais feliz; 2. alocar eficientemente os recursos, financeiros e humanos, para que com o mesmo se possa produzir mais; 3. respeitar os trabalhadores, dando-lhes boas condições de trabalho, para que, enquanto trabalham, também se sintam motivados e mais felizes.
A entrada das novas gerações (mais qualificadas) na administração pública já contribuiu para melhorarmos o ponto 1 e 2. Mas ainda falta uma reforma de fundo que melhore as três dimensões simultânea e sustentavelmente. É disto que todos estamos à espera.
Gabriel Leite Mota, Publicado no Diário Económico a 28 de Setembro de 2015