Friday, December 28, 2018

A PORNOGRAFIA DA VIOLÊNCIA EM HORÁRIO NOBRE

Entristece-me que vivamos numa sociedade em que a exibição pormenorizada e exaustiva de actos de violência, quer nos noticiários quer nos programas de ficção, seja encarada com bonomia e transmitida em horário nobre, ao mesmo tempo que a simples nudez é considerada um crime lesa moral, um atentado aos bons costumes e uma perversão.

Esta é a realidade nos média.

Se olharmos para uma telenovela, assistimos a reiterados actos de violência (verbal ou física), assassinatos e torturas, maldades de todas as formas e feitios. Por outro lado, nunca se exibe a nudez frontal, isso sim, um pecado mortal…

Curiosamente, o mesmo se aplica aos filmes de matinée, aos noticiários, aos documentários e até aos debates, onde a violência verbal (nomeadamente nos futebolísticos) atinge patamares pornográficos.

Na minha forma de ver o mundo, um corpo humano despido é, a priori, inócuo, enquanto que a violência é um instinto que convém refrear, não acicatar.

A nossa sociedade considera normal que uma criança possa assistir a combates de MMA, filmes com exibições de violência grotescas (fiquei chocado com um que passou na televisão, num domingo à tarde, chamado O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos, onde as guerras e combates eram de uma pornográfica violência explícita), notícias de acidentes com mortos e feridos, assassinatos, violências domésticas ou actos de terrorismo (nos espaços noticiosos que fazem do impulso voyeurista da violência o seu caça audiências), séries nas quais a mente e os actos dos psicopatas são o cerne da história.

Também se aceita com brandura que as crianças e os jovens estejam viciados em diferentes jogos online de violência, como o Fortnite.

Enfim, sangue, feridas, armas, esmagamento de ossos e crânios, gritos, tiros e explosões, tudo bem. Um mamilo, um pénis, uma vulva ou pêlos púbicos, o horror!

Malogradamente, esta é também a política dos novos média como o YouTube, o Instagram, o Twitter ou o Facebook, perpetuadores deste puritanismo hipócrita (mesmo que sejam obras de arte que mostrem os tais interditos).

Perverso é considerar que a exibição das “vergonhas” é necessariamente um mal (quando é através delas se perpetua o ser humano e se pode ter prazer) ao mesmo tempo que se aceita a força da violência e da raiva, que destrói a humanidade e causa a morte, como algo trivial.

Gabriel Leite Mota, publicado no P3 a 28 de Dezembro de 2018

Friday, December 21, 2018

JOÃO MIGUEL TAVARES AFINAL GOSTA DE SÓCRATES

Na crónica “Portugal em 2019: não, isto não é a aldeia do Astérix”, João Miguel Tavares (JMT) avisa os portugueses que o melhor que têm a fazer nas eleições legislativas de 2019 é votarem no PS, para que esse partido tenha maioria absoluta.

JMT diz que essa é a melhor solução para Portugal nos próximos quatros anos, uma vez que é preciso reconstruir a direita portuguesa com tempo e assegurar a estabilidade política dada pelas maiorias absolutas, face a quatro anos que JMT prevê serem turbulentos a nível europeu e mundial, com inevitáveis consequências para Portugal.

Fala ainda de querer ver o PS a governar em tempos de dificuldade, para provar que é capaz de pagar os seus créditos. Um dos receios que tem é que os populismos comecem a emergir com força em Portugal e, por isso, nada melhor do que uma maioria absoluta bloqueadora.

Não deixa de ser fascinante que alguém que se diz liberal e que enverga a capa de super-herói anti-socrático queira agora o conservadorismo do poder absoluto e, ainda por cima, nas mãos do Governo que tem tantos dos escolhidos de Sócrates.

Acontece que o argumentário de JMT é falacioso por duas razões: primeiro, porque os grandes males da nossa democracia consolidaram-se e espalharam-se com as maiorias absolutas, de Cavaco e Sócrates, onde os BPN e BES ou as PPP mais prosperaram e facilitaram as portas giratórias do roubo público para as vidas douradas no privado. Ou seja, não interessa quem é o primeiro-ministro — a política não é a vontade de um homem só , interessa se o poder é mais ou menos absoluto e, por isso, devemos temer ao máximo as maiorias absolutas; segundo, os perigos do populismo nada têm a ver com maiorias relativas e coligações (a normalidade nas democracias mais avançadas do mundo), mas sim com políticas concretas lesivas das classes médias e baixas, a corrupção, a globalização desregulada e as desigualdades crescentes. Ter uma democracia mais competitiva, com mais partidos e mais instrumentos de expressão directa da vontade dos cidadãos é o que precisamos para estancar populismos nacionais. Não o entregar de poderes absolutos aos partidos do costume.

Seria muito saudável que, em 2019, não existissem maiorias absolutas e fossem eleitos mais partidos para o Parlamento. Mesmo que isso gerasse alguma agitação parlamentar, seria uma oportunidade para aumentarmos o debate das ideias, incrementar hábitos de compromisso e negociação e captar nova gente para a política.

Uma maioria absoluta (seja de que partido for) trará perigos terríveis de perpetuação dos pântanos passados, esses sim potenciadores de possíveis cenários apocalípticos de rupturas democráticas.

Gabriel Leite Mota, publicado no p3 a 21 de Dezembro de 2018

Thursday, December 20, 2018

ELON MUSK E O DESPREZO PELAS TECNOLOGIAS SOCIAIS

Recentemente foi notícia um tweet de Elon Musk em que este afirmava, com orgulhosa convicção, que ninguém mudava o mundo a trabalhar 40h por semana.

Thursday, December 6, 2018

FISCALIDADE PARA A FELICIDADE

Fisco e impostos não são ideias que as pessoas associem a felicidade. Mais ainda num país como o nosso, onde a burocracia é demasiado pesada e complexa, há a tendência para se olhar para os impostos como um fardo que se tenta evitar ao máximo.

Thursday, November 22, 2018

A POBRE DISTINÇÃO ESQUERDA VS. DIREITA

Na Assembleia da República os deputados estão sentados no hemiciclo, da esquerda para a direita, de acordo com uma suposta distinção ideológica entre o ser de “esquerda” e o ser de “direita”.

Thursday, November 8, 2018

TRABALHAR MENOS, TRABALHAR MELHOR

Sabemos que um dos problemas de Portugal é a sua baixa produtividade. Sabemos também que, por cá, trabalha-se, em média, mais horas do que nos países mais desenvolvidos.

Thursday, October 25, 2018

A IMPORTÂNCIA DA SEGURANÇA SUBJECTIVA

Quando olhamos para as estatísticas sobre a percepção que os cidadãos têm da segurança individual e colectiva, tendencialmente, verificamos uma discrepância relativamente aos dados objectivos.

Thursday, October 11, 2018

DESMASCARAR E ARRASAR AS POLÍTICAS POPULISTAS

Nas democracias, o fenómeno da tomada do poder por personagens populistas com perfis autoritários e antidemocráticos não é novo. Sabemos bem a história do séc. XX e como ditadores lá chegaram através do voto popular.

Thursday, September 27, 2018

ECONOMIA DA FELICIDADE: LEVAR A ECONOMIA PELO BOM CAMINHO

A ciência económica contemporânea ainda está eivada de equívocos e incongruências, nascidas na transição do séc. XIX para o séc. XX, pela aplicação da metodologia da Física à Economia, uma ciência social e humana, com conexões umbilicais à política.

Thursday, September 13, 2018

MELHORAR O DÉFICE? CORTAR NO ROUBO

Quando se discute o défice nas contas públicas nacionais há a tendência para focar dois pontos. Primeiro, qual o montante de défice ideal – uns concordando com as regras europeias, outros achando que tais limites são demasiado apertados. Segundo, qual a forma de atingir um determinado valor para o défice (ou superavit) – uns preferindo cortar nas despesas e manter as receitas; outros preferindo não cortar na despesa, mas aumentar as receitas. Depois, há ainda a discussão sobre que despesas cortar ou que receitas aumentar.

Thursday, August 30, 2018

NOVOS PARTIDOS? SÓ COM NOVA GENTE

Ao contrário do que tem acontecido em muitos outros países europeus (veja-se a vizinha Espanha), Portugal tem mantido a sua estrutura partidária quase inalterada, desde que se tornou uma democracia.

Thursday, August 16, 2018

OS SERVIDORES PÚBLICOS QUE DESPREZAM O ESTADO

Quando se fala dos problemas do funcionamento dos serviços públicos ou, mais genericamente, dos problemas da acção do Estado, muitos parecem esquecer-se que o Estado mais não é que um sistema composto por indivíduos, e o seu comportamento, moldados por regras implícitas e explícitas.

Thursday, August 2, 2018

Thursday, July 19, 2018

POR UMA LEI LABORAL INTELIGENTE E JUSTA

Poder-se-á dizer que uma lei bem construída é aquela que seja, ao mesmo tempo, inteligente e justa.

Inteligente, no sentido de ser capaz de responder aos problemas da realidade, ou seja, ser uma lei que, na prática, seja cumprida e faça com que as pessoas se moldem facilmente a ela.

Thursday, July 5, 2018

QUEM DISSE QUE A DESCENTRALIZAÇÃO É BARATA?

Um dos desígnios consagrados na nossa Constituição é o da descentralização do poder pelas diversas regiões de Portugal. Na verdade, apenas nas regiões autónomas da Madeira e dos Açores essa descentralização foi mais longe. No resto do território nacional assistimos a uma doentia centralização na região de Lisboa.

Thursday, June 21, 2018

OS IMPOSSÍVEIS ESTADOS FEDERADOS DA EUROPA

Apesar da União Europeia ter tido a sua origem numa lógica comercial, as suas aspirações mais profundas eram ambiciosas – criar uma paz duradoura na Europa. Essa ideia, saída do trauma de duas guerras consecutivas entre os povos europeus, teve o seu desenlace naquilo que hoje conhecemos, uma União Europeia que tem evoluído através de um processo de integração progressiva. Não só tem cada vez mais países, como até foi capaz de formar uma zona monetária comum, com a criação do euro.

Thursday, June 7, 2018

O VAI E VEM DA GLOBALIZAÇÃO

Apesar do tema da globalização ser dos mais debatidos nos tempos que correm e de termos uma noção de que estamos envoltos nesse processo de completa interdependência socioeconómica com o mundo, a análise dos dados mostra-nos que a realidade é diferente.

Saturday, May 26, 2018

AS TERCEIRAS VIAS "BLARISTAS" SÃO POUCO SOCIAIS E POUCO DEMOCRÁTICAS

A discussão, que tem sido intensa nos últimos dias neste jornal, entre diversas personalidades do Partido Socialista, sobre o que representa a social-democracia, quais as suas possibilidades de futuro, a definição de vias (desde a terceira em diante) até à adjectivação da mesma, reflectem uma fractura ideológica dentro desse partido, que mimetiza a fractura ideológica que se verifica noutros partidos socialistas europeus (vide o Labour Party na Inglaterra).

Thursday, May 24, 2018

REAIS PAROLICES

Nos últimos tempos, temos assistido, em Portugal, a alguns exemplos de órgãos do Estado, ou entidades públicas, a terem uma atenção desmesurada para com representantes de monarquias internacionais.

Obviamente que compete ao Estado português seguir os protocolos diplomáticos e ter um tratamento adequado com todas as personalidades representantes de estados estrangeiros que nos visitem. Quanto mais não fosse, era uma questão de boa educação.

Porém, o problema surge quando da cortesia se passa à bajulação ou adoração parolas, principalmente quando estão em causa monarquias.

Marcelo Rebelo de Sousa, por exemplo, que é o máximo representante de Portugal, tem de se curvar ou beijar a mão, quer da Rainha de Inglaterra quer do Papa, tanto quanto essas pessoas têm de se curvar e beijar a mão dele. Isto é, ninguém tem de se curvar perante ninguém, nem beijar a mão de ninguém. Basta o respeitoso aperto de mão, ou a vénia mútua, como no Japão.

Neste país, por vezes, parece que as pessoas se esquecem de dois factos básicos da nossa Constituição — somos uma República e um Estado laico.

A RTP — falo desta porque é a televisão pública — parece esquecer-se disso com frequência.

Recentemente, transmitiu em directo o casamento de um inglês com uma americana, só porque o inglês é descendente da monarquia inglesa. O espectáculo “disneylandesco” deste casamento real em Inglaterra, assistido e comentado por cá como se fossemos a parvónia e estivéssemos a adorar a civilização, “os importantes”, enjoa-me.

Anteriormente, já tinha dado coberturas obsessivamente ridículas às visitas papais a Portugal.

Ou seja, a televisão pública não pode estar ao sabor dos interesses das monarquias, nem de nenhuma religião — por mais audiências que esses espectáculos possam gerar.

Também assim, os órgãos do Estado têm de ser contidos e equilibrados.

Marcelo Rebelo de Sousa, por exemplo, que é o máximo representante de Portugal, tem de se curvar ou beijar a mão, quer da Rainha de Inglaterra quer do Papa, tanto quanto essas pessoas têm de se curvar e beijar a mão dele. Isto é, ninguém tem de se curvar perante ninguém, nem beijar a mão de ninguém. Basta o respeitoso aperto de mão, ou a vénia mútua, como no Japão.

Enfim, não quero que os meus impostos sejam usados para a televisão pública fazer uma propaganda directa à monarquia, nem que os representantes de Portugal se curvem perante ninguém.

A monarquia é um anacronismo feudal e anti-humanista, que urge acabar em todo o mundo. Mas é um problema dos países monárquicos fazerem essa transição e progresso civilizacional, que nós já tivemos a dignidade de efectuar em 1910.

Por mais que as funções dos reis e rainhas de hoje sejam simbólicas, não deixam de ser um conjunto de privilegiados protegidos por um sistema de castas, incompatível com o princípio da igualdade, da liberdade e do mérito.

E pouco me interessa que tenhamos alguns países monárquicos bem funcionantes — como alguns do Norte da Europa —pois tenho a certeza de que se deixassem de ser monarquias e passassem a república, só veriam o seu bom funcionamento aumentar.

Tenho orgulho em viver numa república, onde qualquer pessoa com mais de 35 anos pode ser o representante máximo da nação, se escolhida por sufrágio directo e universal, e não numa monarquia onde só pode ser o representante da nação quem seja filho de fulaninho de tal…

Portugal foi durante a maior parte da sua existência uma monarquia. Faz parte da história, como a Inquisição, a pena de morte ou as explorações marítimas. Mas esse tempo terminou e espero que Portugal tenha pela frente uma vida ainda mais longa como república.

Nesse sentido, é preciso cultivar a cultura republicana — que muitos políticos têm desrespeitado, demonstrando-se indignos de representarem Portugal — e não efectuar a parola bajulação real.

Gabriel Leite Mota, publicado no P3 a 24 de Maio de 2018

COMO PROTEGER A DEMOCRACIA DA LOUCURA?

Nos últimos tempos temos assistido a diversos exemplos de eleições democráticas em que a loucura tem ganho terreno. Nada disso é novo. O passado está cheio de situações em que os loucos ascenderam ao poder.

Thursday, May 10, 2018

CAVAQUISTÃO, SOCRATÍTE E O ESPÍRITO SANTO

Apesar de estar a invocar os nomes de Aníbal Cavaco Silva, José Sócrates e Ricardo do Espírito Santo Silva Salgado no título desta crónica, este não é um texto, essencialmente, sobre essas personagens. Antes, uma tentativa de abordar problemas do nosso regime, persistentes ao longo de décadas.

Thursday, April 26, 2018

DONOS DISTO TUDO: O GRANDE MAL

Costuma dizer-se que o poder corrompe. Penso que a expressão não é muito completa. Acho, antes, que o poder amplia as características de cada um. Quando em excesso, então sim, corrompe mesmo os mais bem-intencionados.

Thursday, April 12, 2018

MERITOCRACIA ONDE ESTÁS?

A ideia de que as pessoas conseguem aceder às posições sociais que merecem através do seu esforço é uma utopia categórica. Nunca existirá nenhum sistema social capaz de produzir tal resultado.

Wednesday, March 28, 2018

A DIREITA QUE GOSTAVA DE SÓCRATES

José Sócrates tem sido, de há uns tempos para cá, tanto o bombo da festa em que a direita gosta de bater, como a imagem que esta gosta de usar para definir a esquerda.

Esse facto é muito curioso, por dois motivos: 1) Sócrates nunca foi um político verdadeiramente de esquerda; 2) Sócrates só conseguiu uma maioria absoluta para o PS – a única na história desse partido – porque muita gente da direita votou nele.

Thursday, March 15, 2018

A IMORAL ECONOMIA INFELIZ

Na língua portuguesa, a palavra economia assume múltiplos significados. Aqui, interessa-me destacar dois: 1. “conjunto de actividades desenvolvidas pelas pessoas para obter os bens e serviços indispensáveis à satisfação das suas necessidades”; 2. “ciência que estuda a produção, distribuição e consumo de bens e serviços, e a repartição de rendimentos”.

Thursday, March 1, 2018

SOBRE AS PERVERSIDADES DO ENSINO SUPERIOR

(... e uma nota a Raquel Varela)

O meu anterior artigo neste jornal, “As Universidades e os Professores que não gostam de ensinar”, de 15 de Fevereiro de 2018, causou uma certa agitação. Notória pelas mais de 13 mil partilhas do artigo, mas também pelas mensagens de congratulação que recebi ou pelos elogios online, sem esquecer as habituais críticas das caixas de comentários que, quase sempre, se pautaram pelo insulto ou ataques ad hominem, tentando desvalorizar a mensagem pela desvalorização do mensageiro (porque é que não se ensinam, em Portugal, as regras básicas do debate e as falácias argumentativas…?).

Thursday, February 15, 2018

AS UNIVERSIDADES E OS PROFESSORES QUE NÃO GOSTAM DE ENSINAR

O paradigma de acesso, avaliação e progressão na carreira no ensino superior português, desde o início do séc. XXI, foi-se reconfigurando no sentido de se adaptar a certos padrões internacionais, com principal foco na avaliação e recompensa do desempenho científico das instituições.

Thursday, February 1, 2018

UMA GERINGONÇA MADURA: O ÚNICO SUPORTE DA SOCIAL-DEMOCRACIA

A actual solução governativa em Portugal, em que o Governo do PS é minoritário, mas tem apoio parlamentar à sua esquerda, e não o colaboracionismo abstencionista à direita, é a primeira vez que se verifica na história da democracia e, até ver, com resultados positivos.

Thursday, January 18, 2018

A LIÇÃO SOCIALISTA DA NBA, A LIÇÃO LIBERAL DO FUTEBOL EUROPEU

É sabido que os sistemas político-económicos europeu e norte-americano são diferentes. Embora ambos capitalistas, a Europa tem um lastro social-democrata (depois da Segunda Guerra Mundial), enquanto que os EUA sempre protagonizaram um modelo mais liberal, em que o Estado devia ter menos interferência na organização económica e menor poder de limitação das liberdades individuais.

Thursday, January 4, 2018

NATALIDADE? SÓ COM EMPREGOS DECENTES

Em Portugal, muito se tem falado do problema da natalidade.

De facto, Portugal é um dos países do mundo com mais baixa taxa de natalidade (número de nascimentos por mil habitantes) e taxa de fertilidade (número de nascimentos por mulher).

Por uma produção amiga da felicidade

"Desde que Adam Smith publicou “A Riqueza das Nações” que se gerou a noção de que a ciência económica havia de ser a disciplina que nos...